sexta-feira, 31 de março de 2017

Barganha espanhola no Brexit

Embora seja contra a independência da Escócia, como já noticiamos, a Espanha pode se voltar contra o Reino Unido em outro cenário do Bexit: Gibraltar.

Conquistada por exércitos anglo-holandeses em 1704 e cedida permanentemente pela Espanha aos britânicos no Tratado de Utrecht em 1713, sua reconquista sempre foi alvo do interesse espanhol.

No século XX, com várias leis internacionais promovendo o fim do colonialismo, foi estabelecido que qualquer mudança relevante em Gibraltar, como a saída da União Europeia por exemplo, precisa ser assinada por Reino Unido e Espanha. 

Os espanhois estão sinalizando que não pretendem assinar e possuem o aval da União Europeia. Ano pasado, a Espanha ofereceu a "governança compartilhada" do território para resolver o problema de Gibraltar pós-Brexit e os habitantes de Gibraltar, preferindo manter o status de "britânicos" foram totalmente contra. No entanto, os espanhois não costumam ligar para a vontade de populações regionais quando se trata de obter ou manter territórios e por isso mesmo parece não terem desistido.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Juiz proíbe Trump de limitar entrada de estrangeiros no país

O juiz federal norte-americano, Derrick Watson, da 1ª estância, proibiu o presidente Donald Trump de impedir a entrada no país de pessoas de seis nações, com maioria da população de origem muçulmana. O decreto presidencial impedia a entrada nos Estados Unidos dos cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Com isso, até a situação ser resolvida num tribunal de apelação federal, o país é obrigado a aceitar os cidadãos destes países, dentro do que já determina a legislação norte-americana. Não é só no Brasil, que um juiz de 1ª estância está no centro dos holofotes.

Ministro alemão quer lei para controlar o islã

Jens Spahn, do Ministério das Finanças, membro do CDU, partido de Angela Merkel disse ao portal Deutsche Welle que está preocupado que a sociedade não sabe o que é dito nas mesquitas, quem as financia e quem são os imãs (sacerdotes). 

Ele propôs que testes de alemão para os imãs poderem exercer sua função e que o financiamento das mesquitas seja regulamentado e limitado, evitando que Turquia e Arábia Saudita, suspeita de financiar grupos terroristas, despejem dinheiro para finalidades obscuras. 

quarta-feira, 29 de março de 2017

Não há mais volta para o Brexit

Conforme noticiamos aqui no dia 20 de março, hoje a primeira-ministra Theresa May enviou a carta para Bruxelas, sede da União Europeia, notificando a intenção de se desligar do bloco.

Theresa May assina a carta enviada para Bruxelas. Foto: Reuters.

terça-feira, 28 de março de 2017

Vem aí a independência da Escócia?

O parlamento escocês aprovou nesta tarde o pedido de permissão para um novo referendo pela independência, proposto pela primeira-ministra Nicola Sturgeon.

No entanto, a primeira-ministra britânica Theresa May já disse que rejeitará o pedido até que o Brexit esteja completo.

Trump x Aquecimento Global (Round 1)


No caminho contrário ao restante das outras nações, os Estados Unidos, do governo Trump, irá investir na produção de energia por combustíveis fósseis. Promessa de campanha do republicano, ele irá suspender ou rescindir diversas medidas tomadas pelo ex-presidente Obama.

Entre as ações mais contestadas está a revisão do Plano de Energia Limpa, que limita a emissão de gases do efeito estufa pelas usinas. Ao longo da campanha, Trump chamou o aquecimento global de "farsa criada pelos chineses".

Alemanha eleva pressão sobre o Reino Unido

Na véspera da data marcada pela primeira-ministra britânica Theresa May para dar início ao Brexit, a Câmara do Comércio da Alemanha (DIHK) afirmou que a saída dos britânicos do bloco levará a uma fuga de investidores e empresas alemãs. Atualmente 1300 companias alemãs operam no Reino Unido e desde o resultado do referendo do Brexit, as exportações alemãs para o Reino Unido cairam em 3,5%.

Lua de mel entre Trump e Putin pode chegar ao fim?

No sábado, a porta-voz da chancelaria da Rússia Maria Zakharova se disse "surpresa e preocupada" com as novas sanções dos Estados Unidos contra empresas que fazem negócios na Síria, Irã e Coreia do Norte, em que 8 companias russas foram afetadas. Segundo ela, essa atitude "prejudica a perspectiva de uma cooperação multilateral".

Ontem o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer condenou as centenas de prisões incluindo a do líder opositor Alexei Navalny após os protestos na Rússia. Embora seja comum o próprio Putin responder a esse tipo de declaração norte-americana, o presidente russo ainda não se manifestou. 

Até o momento, Trump e Putin não criticaram pessoalmente o governo do outro, o fizeram apenas por meio de representantes, o que aumenta a incerteza sobre como serão as relações russo-americanas daqui pra frente. E você, caro leitor, o que acha? A lua de mel acabou ou essas faíscas são apenas para ocultar a proximidade entre os dois governantes?

segunda-feira, 27 de março de 2017

Domingo de protestos na Rússia

Ao menos 7 mil pessoas em Moscou e 5 mil em São Petesburgo tomaram as ruas ontem em protestos contra o primeiro-ministro Medvedev, acusado de corrupção e o presidente Putin. Embora esses números pareçam pequenos, eles incomodaram o Kremlin, que reprimiu violentamente, prendendo 130 pessoas ainda ontem. 

Hoje de manhã um dos líderes da oposição e principal articulador dos protestos, Alexei Navalny foi preso e multado em 20 mil rublos (1100 reais). O que deve mudar na Rússia com isso? Nada. A popularidade do governo continua elevada, mesmo com a estagnação econômica.

Irlanda do Norte pode perder autonomia

25 dias após a eleição parlamentar na Irlanda do Norte que pela primeira vez viu os partidos republicanos (pró-Unificação irlandesa) terem mais votos que os unionistas (pró-Reino Unido), as conversas para a formação do novo governo estão na estaca zero.

De acordo com o "Good Friday Agreement", que pacificou a Irlanda do Norte em 1998, o governo deve ser composto por políticos unionistas e republicanos, de forma a ter legitimidade sobre toda a polarizadíssima população local. Conforme os dias passam, segundo uma fonte da agremiação republicana Sinn Féin nos disse, cresce a chance de Londres perder a paciência e governar a Irlanda do Norte diretamente. 

domingo, 26 de março de 2017

Qual país da UE é contra a independência da Escócia?

Recentemente, um dos países da União Europeia afirmou que, caso se torne independente, a Escócia deveria ir para o fim da fila dos interessados em entrar no bloco. Esse país é a Espanha. 

Simpatia pelos britânicos? Não, temor de legitimar os movimentos separatistas no seu próprio território.

sábado, 25 de março de 2017

Douglas Carswell sai do UKIP para virar independente

O único deputado eleito do partido britânico "UKIP", Douglas Carswell, anunciou que sairá do partido para se tornar deputado independente.

Para quem não sabe, Douglas Carswell comunmente entrava em brigas com o líder do partido Nigel Farage, o articulador do referendo do BREXIT. Com a saída de Carswell e a execução do Artigo 50 em breve, o futuro do partido está incerto, membros do partido já comentam que ele corre risco de esfarinhar e deixar de existir ou ter impacto relevante na política Britânica.

Ele anunciou a saída em um post de seu blog pessoal, o qual você pode acessar aqui.

Quem pode defender a independência da Escócia?

Conforme falamos anteriormente, a Escócia é um ponto vital nas negociações do Brexit. Quem mais teria a ganhar com sua independência são:

- Alemanha, país que mais defende o fortalecimento do bloco europeu, daí o fortalecimento das relações comerciais com a Escócia. Pode ser uma tentativa de seduzir os escoceses para a ideia de que, independentes, terão parceiros fortes.

- Conselho da União Europeia, por razões similares às alemãs. Ambos querem enfraquecer a posição britânica nas negociações da saída do Reino Unido do bloco.

- Irlanda, apesar da incerteza sobre a economia irlandesa, que falaremos em outra oportunidade, uma independência escocesa abriria espaço para um referendo também na Irlanda do Norte, vale lembrar que os norte-irlandeses votaram majoritariamente contra o Brexit. 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Os planos da Escócia para o Brexit

Janosch Delcker do portal europeu Politico escreveu um artigo hoje demonstrando como a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon vem fortalecendo as relações econômicas com a Alemanha ao mesmo tempo em que lança ofensivas comerciais em Dublin, Londres e no coração da União Europeia, Bruxelas.

Se os planos de Sturgeon vingarem, a Escócia terá um novo referendo pela independência e tentará se manter na União Europeia ao mesmo tempo em que mantém boas relações comerciais com os britânicos. Uma aposta alta que envolve um forte trabalho de bastidores do Reino Unido, Alemanha, Irlanda e do Conselho da União Europeia. Quem levará a melhor?

Le Pen quer aliança entre França e Rússia

Em visita à Moscou a candidata à presidente da França, Marine Le Pen exaltou a Rússia e disse que os dois países devem "trabalhar juntos para salvar o mundo do globalismo e do fundamentalismo islâmico". Ela também afirmou ser contra as sanções a que os russos foram submetidos por causa do conflito na Ucrânia.

Ainda não está claro se Le Pen se encontrará com Putin, embora ela tenha encontrado com parlamentares governistas. Se acontecer, nós noticiaremos.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Estados Unidos quer criar Zona Temporária de Refugiados

O Secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, propôs a criação de Zonas Temporárias de Refugiados como método para combater a entrada de refugiados em países da Europa e no próprio Estados Unidos.

O governo norte-americano ainda não deu mais detalhes sobre como serão executadas estas zonas temporárias. O objetivo principal é manter os refugiados longe das áreas de guerra, evitando que entrem em outras nações, e possam retornar aos países de origem após o final do conflito.

Heineken pode ser censurada na Hungria

Segundo a agencia Reuters e o jornal Daily News Hungary há um projeto no parlamento hungaro, de iniciativa de aliados do primeiro-ministro Viktor Orban de censurar a estrela vermelha no logotipo da Heineken por apologia ao comunismo.


Tanto símbolos comunistas como nazistas são proibidos no país, que foi ocupado pela Alemanha na segunda guerra mundial e pela União Soviética na guerra fria. A estrela foi adotada pela Heineken em homenagem aos cervejeiros do século XIX que usavam em seus lotes para identificação, sem intenções políticas. Como se vê, tantos anos de ocupação totalitária criaram uma paranoia na cabeça dos governantes.

Disputa apertada na Alemanha

A eleição alemã será apenas em 24 de setembro, mas desde já os ânimos estão acirrados. Há quase dois meses o conservador CDU de Angela Merkel e a esquerda social-democrata SPD de Martin Schulz estão em empate técnico.

A pesquisa do instituto GMS feita entre 16 e 22 de março aponta 34% para CDU e 31% para SPD, mas o instituto Civey realizada entre os dias 19 e 21 diz que o SPD está com 33,1% contra 32,2% do CDU.

Conforme a eleição se aproximar, O Telegrama fará uma cobertura completa, fique de olho!

quarta-feira, 22 de março de 2017

Filha de Trump despachará na Casa Branca mesmo sem ser funcionária

Donald Trump oficializou algo que já acontecia desde a posse. Sua filha Ivanka Trump despachará diretamente da Casa Branca, junto ao pai. Sua sala ficará na Ala Oeste do centenário imóvel.

Mesmo sem receber um salário pago pelos contribuintes norte-americanos, ela desempenhará a função de assessora da Presidência da República. Assim como outros funcionários, Ivanka seguirá todas as rígidas normas éticas da Casa Branca. A dúvida na imprensa é qual será o seu título oficial. Primeira Filha?

Boletim da polícia britânica

A polícia britânica já trata oficialmente do incidente no parlamento ocorrido hoje como atentado terrorista, como pode ser lido aqui no site da Polícia Metropolitana de Londres.

Será que a mídia brasileira fará o mesmo ou vai chamar de "atacante", "esfaqueador", "carro atropela pessoas" etc?

Quem ganhou o debate presidencial na França?

A reação do Twitter e dos comentaristas políticos do Politico.eu e da Reuters foi, em poucas linhas:

- Fillon assumiu logo de cara os erros do passado e usou uma retórica sóbria para frisar que tem experiência e liderança. Pode ter reconquistado um pouco de credibilidade.

- Macron ficou aéreo e pouco à vontade com o formato do debate, mas conseguiu expor suas ideias e duelar com Le Pen, os ataques entre os dois foram frequentes. Macron se mostrou o candidato mais entusiasta da União Europeia.

- Le Pen foi atacada por todos os lados, porém, a eficácia desses ataques é duvidosa, só a colocam em mais evidência.

- Mélenchon venceu o duelo particular da esquerda com Hamon. Muito mais convincente, enfático e retórico, ofuscou o candidato do Partido Socialista.

Vamos ver o que dizem as pesquisas que questionaram "Quem venceu o debate?" publicadas ontem:



Aprovação de Trump oscila negativamente após dois meses de governo


Após dois meses da posse de Donald Trump, sua aprovação variou negativamente para 37%. O índice anterior alternava entre 40% e 45%. Já o nível de desaprovação do líder máximo norte-americano é de 58%, segundo dados da pesquisa do Instituto Gallup ligado ao grupo CNN.

 Ao todo foram entrevistadas 1,5 mil pessoas por telefone e a pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para cima ou baixo.

 Ao ter conhecimento dos dados, Trump criticou a pesquisa e afirmou que o instituto é ligado a CNN 'Fake News'. Durante a campanha presidencial, o grupo de comunicação se destacou por defender publicamente a candidata democrata Hillary Clinton.

terça-feira, 21 de março de 2017

Adeus, Martin McGuinness

Morreu hoje aos 66 anos um dos líderes políticos da Irlanda do Norte, que até o começo desse ano foi líder do maior partido republicano do região britânica da Irlanda, o Sinn Féin.

Apesar de ter sido um importante membro do IRA, ele foi um dos arquitetos do processo de pacificação da Irlanda do Norte em 1998, o "Good Friday Agreement".

segunda-feira, 20 de março de 2017

Erdoğan, o querido inimigo

Semana passada as notícias foram dominadas pela rusga diplomática Holanda-Turquia, O primeiro-ministro holandês Mark Rutte falou grosso com um dos governantes mais detestados na Europa, Erdoğan e, com isso acabou ofuscando a retórica anti-islâmica de seu opositor Geert Wilders nas vésperas da eleição nacional.

Agora, a troca de farpas do turco é com a alemã Angela Merkel, que sofre nas pesquisas eleitorais aparecendo atrás do líder social-democrata Martin Schulz. Certamente, Merkel, que teve a popularidade arranhada pela crise dos refugiados, poderá capitalizar algum dividendo eleitoral. E Erdoğan? Ao fomentar inimigos externos, criará pretextos para aumentar ainda mais seu poder, dissolvendo a democracia e o Estado laico em seu país.

Qual o resultado? Rutte, Merkel, Erdoğan, todos ganham.

Guarde essa data: 29 de março

É a data que o Presidente do Conselho da União Europeia, o polonês Donald Tusk informou como escolhida pelo Reino Unido para dar início oficialmente às negociações do Brexit.

Eleições na França terão primeiro debate

Hoje à noite ocorre o primeiro dos três debates da eleição presidencial na França pelos canais de TV LCI e TF1. A eurocética nacionalista Le Pen, o centrista liberal Macron, o conservador Fillon e os esquerdistas Hamon e Mélenchon que são os cinco primeiros nas pesquisas estão confirmados.

Assim que O Telegrama tiver uma versão legendada, será postada aqui no site. Faremos também uma cobertura especial com um perfil dos principais candidatos, fique ligado.